As aulas começaram no dia seguinte a minha chegada e foi tudo muito intenso. Testes de nivelamento, informações sobre as aulas, novas pessoas e cultura.

O curso possibilitou muito aprendizado, pois eu tinha aulas normais e extraclasses e estudava mais 1 a 2 horas por conta própria. É claro que ao final do dia estava exausta mentalmente. Foi um período de foco, dedicação e disciplina e que me proporcionou um aprendizado mais rápido, além de estar mergulhada nessa nova cultura.

Para mim as duas primeiras semanas foram as mais desgastantes, porque era tudo novo e precisei me adaptar a vida de estudante (necessário dedicação e para quem tem mais de 40 anos o aprendizado é diferente), ao clima frio, a comida, ao transporte público (ônibus e metrô), a cultura do País e das pessoas, a casa de família, a solidão (e olha que eu gosto de estar comigo) e a lidar com a saudade (marido, filho, família, comida e amigos). Esse início foi bem desafiador e assustador. Aos poucos tudo começou a ficar mais tranquilo e me senti mais segura nessa jornada.

Muitos pontos marcaram minha viagem e destaco aqui alguns:

Amizades. Pessoas especiais e que tenho contato até hoje e que quando precisei de ajuda fui apoiada. Os anjos novamente! Acredito ser fundamental fazermos amizade durante o intercâmbio, pois elas te apoiarão nesse momento longe de casa.

Desenvolvimento da autonomia e independência. Aprendi nesse período a fazer muito mais coisas sozinhas. Fui ao cinema e fiz uma consulta de emergência no dentista. Nesse caso o seguro é essencial!

Conhecer lugares, viajar e experimentar comidas. Sempre que podia visitava uma região diferente da cidade, ia ao museu, experimentava um café, comia algo diferente e fazia uma viagem. Eu que amo viajar foi maravilhoso conhecer novos lugares. Até em uma vinícola eu fui!

Uma lembrança que veio a mente ao escrever foi do cinnamon roll que comia quando voltava da aula de inglês. Que delícia e que cheiro. Inesquecível!